trabalha-se liberdade!

"A morte do jardineiro não é coisa que lese uma árvore. Mas, se tu ameaças a árvore, então o jardineiro morre duas vezes.”

Algumas flores precisam de muita atenção para que dêem o ar de sua graça. A flor se torna especial para quem cuida dela (o jardineiro), assim como o pensador Exupéry afirma na sua “filosofia” que; apenas amamos algo quando abonamos a nossa vida a este algo, dispomos do nosso tempo para tratá-lo, de atenção e de sofrimento.

Uma idéia quando chega a nossa cabeça, muitas vezes não consegue abrir as “janelas das possibilidades” que alumiariam o nosso cérebro, por estas (janelas) estarem intransigentes, devido à ferrugem das mentes ocupadas com a rotina “oxidante”, cabeças arranjadas tão abertas, agora jazem tão fechadas e acabam por perambular no ermo sem direção e sentido.

O potencial que temos em transformar as coisas ao nosso redor nos configura como seres pensantes e para isso se comprovar deve-se ser ativo socialmente (exercer cidadania), porém existe um equilíbrio inebriante e superficial que a aristocracia procura assegurar.
Não sabemos ao certo quando foi que perdemos a criatividade e a força de intervir no movimento da sociedade. Não vislumbramos, na nossa curta vida, que o grande foi pequeno um dia. Só se sabe sobreviver. Esquece-se de como o trabalho em conjunto e progressivo pode mudar a realidade e, contudo nós somos o marasmo que nutri o mundo contemporâneo. Desta forma, a sensação de impotência continuará bloqueando as portas da liberdade.

...ama-se a vida, só quando trabalha-se vida...no resto, apenas muitos seres...e só...